Foto de um painel de propaganda dentro da BIOS. Funcionando como merece.

Eu não consigo pensar em outra coisa que não seja, foi um ano cruel comigo.

É um ano que vai deixar uma ferida pra vida toda, com a perda do meu irmãozinho, o Otto. Eu ainda não consigo lidar com o luto, e praticamente não tem um dia que eu ainda não desabe no choro em um instante ou outro. Agora mesmo, tentando escrever, já fica difícil enxergar e respirar. Não tem nada que eu queira mais no mundo que um abraço dele, sentir ele dormindo na minha barriga, ver ele deitado do meu lado enquanto trabalho. Minha mãe também continua inconsolável um mês e meio depois, e a Kika claramente também sente.

O ano já começou com a urgência de ter que mudar – e com todos os gastos que pipocam disso. Foi uma dificuldade substancial encontrar um lugar.

E então, todo mês acontecia alguma coisa com uma conta que simplesmente não fechava. O Otto teve 3 internações, duas delas com cirurgia. Teve o custo de sua cremação, também. Dois pneus estouraram no intervalo de 2 semanas. O meu HD onde estavam todos os meus projetos pessoais, todo o meu investimento emocional, foi pras cucuias e não tive opção que não fosse pagar pelo processo de recuperação de dados. Torneira da pia não fechava mais o registro, tudo do bom e do melhor em matéria de coisa ruim. Consultas médicas sem cobertura de plano. Consultas veterinárias. Medicação, muita medicação. Gasolina. Todo mês tendo que escolher se pego um empréstimo mais perigoso ou parcelo tudo e deixo para o eu dos meses seguintes.

O trabalho com altos e baixos – pude aproveitar brevemente boas companhias e um fluxo de trabalho onde foi possível aumentar bastante minha confiança de um modo geral. Mas ao custo de um longo, longo período em que eu fiquei em constante pânico de não saber se continuaria empregado pela falta de clientes.

Eu me sinto profundamente esmagado pelo peso de tudo. A minha salvação foi estar com quem estou, que tem segurado a onda do meu psicológico no cotidiano como pode.


Em outra nota, fiz um hotsite para o casamento.

No meio disso, consegui lançar mais ou menos um par de pequenos projetos, e um portfólio. Claro que sem conseguir um design decente para qualquer coisa. Dê-me uma linha torta e eu não consigo terminá-la.

A ideia eventualmente seria lançar um blog separado para falar apenas de tecnicalidades, bilíngue. Claro, para ninguém continuar lendo.

Eu tinha começado a escrever achando que ia conseguir falar de uma coisa aqui e ali que eu queria tentar fazer, mas é muito, muito difícil querer fazer qualquer coisa. O mais próximo de “jeito” pra muita coisa aqui, é esperar – e torcer para não acontecerem ainda mais bombas, até que eu pare de dever tanto mês a mês.

Que vocês tenham algo melhor que eu.

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